Nesta terça-feira (9), o microbiologista, pesquisador e influenciador digital Atila Iamarino afirmou que os dados do seu certificado de vacinação contra Covid-19 foram alterados ilegalmente no ConecteSUS, plataforma online do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com ele, foram modificados o seu nome, nacionalidade e o nome de sua mãe.
“Descobri que também invadiram meus dados no ConecteSUS. Alteraram meu nome, o nome da minha mãe e minha nacionalidade no certificado de vacinação, em documento oficial…Ministério da Saúde como me sentir com meus dados na mão de quem faz isso? Com os dados do meu filho lá?”, postou Atila no Twitter.
A correção dos dados alterados foi solicitada por Atila através de seus advogados, que acionaram o Ministério da Saúde e pediram esclarecimento sobre quem teve acesso às suas informações pessoais. “Tentaram alterar meu status para óbito também, mas pelo visto o sistema corrigiu com a entrada dos dados da vacinação”, afirmou.
Ministério da Saúde identificou alterações nos dados de vacinação de Atila Iamarino
Por meio de uma nota, o Ministério da Saúde informou que identificou as alterações indevidas no cadastro do certificado de vacinação contra Covid-19 no aplicativo do ConecteSUS.
“A pasta esclarece que a modificação não foi feita por servidor do ministério, mas por um operador credenciado, o qual já teve o seu acesso ao sistema bloqueado. A orientação para as pessoas que tiverem problemas com as informações inseridas no Conecte SUS é procurar a ouvidoria, por meio do número 136. O ministério reforça que está atuando para restaurar os cadastros e bloquear os operadores responsáveis pelas alterações indevidas”, afirmou a pasta.
Não é a primeira vez que um crítico do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem os dados alterados no sistema do SUS. Em julho, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi alvo do mesmo tipo de ataque. Na ocasião, alteraram dados como o nome do político e as fotos cadastradas no sistema, substituindo as informações por ofensas a Boulos.
Em outubro, foi a vez de Felipe Neto, Felipe Castanhari e Nyvi Estephan terem os dados alterados de forma ilegal no sistema cadastral do SUS, que está sob responsabilidade do Ministério da Saúde (MS).