Argentina mantém suspensão de exportações de carne bovina

 

A Argentina decidiu estender a proibição de exportações de sete cortes de carne bovina até 31 de dezembro de 2023. O país tenta conter os fortes avanços dos preços nos últimos meses para os consumidores locais com a intenção de permitir que o alimento continue acessível para todas as famílias do país.

Em resumo, o presidente Alberto Fernandez havia proibido todas as exportações de carne em maio de 2021. Em suma, o governo afirma que a carne bovina argentina compõe a identidade nacional. Por isso, teme que os altos preços esteja impedindo que todos os argentinos possam consumir a proteína.

“As medidas contribuem para gerar um equilíbrio entre o mercado argentino e a exportação de produtos cárneos”, afirma o Decreto 911/2021, publicado no Diário da República. A suspensão se refere a: meio gado; quartos dianteiros com osso; quarto traseiro com osso; bovinos com osso incompleto; e quartos dianteiros incompletos com osso.

No entanto, o artigo 2º do mesmo decreto proíbe exportações dos seguintes cortes até 31 de dezembro: assados com ou sem osso; saia; abate; tampa assada; nádega; paleta e vazio. “A administração de exportação é estabelecida para certos cortes de carne bovina preferidos pelo mercado argentino e para consumo massivo”, acrescenta a portaria.

Decisão não consegue baixar os preços da carne

Essa medida do governo argentino ainda não surtiu efeito. Pelo contrário, os preços da carne bovina dispararam 48% em um ano na área da grande Buenos Aires. De acordo com o governo, alguns cortes chegaram a saltar dois dígitos em novembro, na comparação mensal.

Além disso, a decisão segue desagradando o setor privado. Por isso mesmo que o governo argentino atenuou algumas restrições desde maio devido às tensões geradas com o setor privado do país. Até porque esta decisão pouco convencional consiste numa medida anti-mercado. Seja como for, o governo afirmou que a decisão ocorreu após acordo com os produtores de carne bovina.

“A medida foi acordada com as entidades produtoras (e a indústria frigorífica), de forma a dar previsibilidade e confiança à pecuária argentina, garantindo a produção, exportação e consumo dos argentinos, com base nas análises técnicas do setor”, disse o governo.

Leia Mais: Soja, petróleo e minério de ferro são destaques das exportações em 2021

Ruan Samarone

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