Spartakus Santiago, de 27 anos, apresentador do canal “MTV” e também “youtuber”, fez uma transmissão ao vivo na internet na segunda-feira (04) afirmando que sofreu racismo durante uma abordagem de agentes da Polícia Militar (PM) em Santana, um bairro localizado na Zona Norte de São Paulo, capital.
De acordo com o apresentador, que também é publicitário, os policiais chegaram apontando a arma para o seu rosto. Além disso, ele também afirmou que a abordagem aconteceu momentos depois que ele havia saído para caminhar.
Conforme Spartakus conta no vídeo, ele havia saído apenas com o celular e o fone de ouvido e estava parado próximo ao viaduto quando foi abordado por agentes da PM, que alegaram, conta o apresentador, que ele estava com uma “atitude suspeita”.
“Sofri racismo da PM de São Paulo. Não adianta ignorar o racismo, ele sempre acaba batendo à sua porta! Saí para caminhar, parei por dez minutos para mexer no celular em um viaduto e, quando vi, dois PMs se aproximaram apontando revólveres para mim e mandando eu colocar minhas mãos na cabeça como se eu fosse um criminoso”, começou em sua conta do Instagram.
“Disseram que eu estava em ‘atitude suspeita’. Ué? O que há de suspeito em ser negro e ficar parado em algum lugar? Será que um branco loiro com cara de gringo também seria tratado dessa forma?”, questionou o apresentador, que ainda afirmou que se sentiu tratado como um bandido, por quem deveria lhe proteger.
“Se você é negro, não adianta ser honesto, trabalhador, se você tem a cor de quem é marginalizado você vai ser tratado como tal! Pode virar publicitário, youtuber, apresentador da @MTVBrasil, O Que for. Não adianta! Nunca seremos respeitados”, desabafou.
PM nega racismo contra o apresentador
Em nota, a PM afirmou que a abordagem ocorreu conforme os protocolos vigentes na Instituição. De acordo com a corporação, em nenhum momento o apresentador foi ofendido ou agredido pelos agentes.
“As fiscalizações e abordagens realizadas pelos policiais militares seguem protocolos rigorosos e amparados pela legislação brasileira”, disse a PM, que ainda completou que, “comprovado que não há nada de ilícito ou irregular com a pessoa abordada ela é imediatamente liberada, tal qual aconteceu no caso [do apresentador] e pode ser observado nas imagens do vídeo”, disse.
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