Apesar do aumento da Petrobras, preços do diesel e gasolina seguem abaixo dos internacionais

Um levantamento publicado nesta terça-feira (15) mostra que o aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras reduzirá a defasagem que a empresa tem em relação ao preço internacional – de acordo com a estatal, a companhia chegou ao “limite da sua otimização operacional”.

Depois de quedas seguidas, preço da gasolina voltou a subir

A partir desta quarta-feira (16), o litro da gasolina será vendido 16,2%, ou R$ 0,41 mais caro, chegando a R$ 2,93. Já o diesel será elevado nas refinarias em R$ 0,78, para R$ 3,80, ou 25,8% a mais do que o preço anterior.

De acordo com um levantamento divulgado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) nesta terça, a defasagem no fechamento da segunda-feira (14), por exemplo, registrou uma taxa de 28% em relação ao preço do diesel, a mais alta em 2023.

Conforme o estudo, para o preço interno ser equiparado pela estatal ao mercado internacional e viabilizar importações, o aumento deveria ser de R$ 1,18 por litro. Por outro lado, a gasolina deveria ter alta de R$ 0,86 por litro, para chegar ao preço internacional, que estava defasado em 26% até o dia 14. Isso, segundo a Abicom.

Em nota, a Petrobras relatou que, com a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar se fez necessário promover ajustes de preços para ambos os combustíveis. Isso, “dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”.

Ainda de acordo com a companhia, a estratégia comercial adotada em meados de maio tem por objetivo “evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio”.

Em nota, a Petrobras relatou que, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba.

Já para o diesel, ainda conforme a nota da estatal, considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba.

Por fim, a empresa ainda afirma que, ao acabar com a política de paridade de importação (PPI), a Petrobras adotou um método de cálculo de preços próprio. Isso, afirma a companhia brasileira, acaba por “estimular a competitividade no mercado” de combustíveis nacional.

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Alisson Ficher

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