Ao menos 18 estados registram atos de apoiadores de Bolsonaro em frente a quarteis do Exército

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitam sua derrota nas urnas, no último domingo (30), para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniram na frente de bases do Exército em pelo menos 18 estados nesta quarta-feira (02). Nesses locais, eles pediram intervenção militar.

“Intervenção federal com Bolsonaro no poder”, entonaram os apoiadores do presidente. De acordo com as informações, não houve registro de confusões durante essas solicitações, que são inconstitucionais, e ocorreram nos seguintes estados:

• Goiás;
• Tocantins;
• Distrito Federal;
• Mato Grosso;
• Mato Grosso do Sul;
• Rio Grande do Sul;
• Santa Catarina;
• São Paulo;
• Minas Gerais;
• Rio de Janeiro;
• Pernambuco;
• Ceará;
• Piauí;
• Alagoas;
• Bahia;
• Paraíba;
• Acre;
• Roraima;
• Rondônia.

Apoiadores de Bolsonaro que não aceitam a derrota do presidente nas urnas se reuniram nesta quarta para pedir intervenção federal. (Foto: reprodução)

Suposta saudação nazista de apoiadores de Bolsonaro

Em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, apoiadores do presidente são acusados de terem feito um gesto semelhante à saudação nazista “Sieg Heil”, uma espécie de reverência. De acordo com informações do portal “G1”, o caso aconteceu em frente ao 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado, base do Exército na cidade.

Nas redes sociais, é possível ver homens e mulheres vestidos de verde e amarelo estendendo a mão enquanto todos cantam o Hino Nacional. Em nota, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) relatou que está analisando o vídeo gravado nesta quarta para identificar as pessoas que fizeram o gesto, que configura apologia ao nazismo, considerada crime no Brasil.

De acordo com o MP de Santa Catarina, não se descarta o pedido de prisão preventiva de envolvidos no caso, que está sendo apurado pelo Grupo de Apoio ao Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e também pelo Núcleo de Enfrentamento a Crimes Raciais e de Intolerância (Necrin).

“Uma vez identificadas, será produzido um relatório e as informações encaminhadas pra 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, que possui atribuição criminal, para responsabilização dos envolvidos”, afirmou na nota assinada pela Coordenadora do Gaeco de São Miguel do Oeste, Promotora de Justiça Marcela de Jesus Boldori Fernandes o MP.

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