Nesta quinta-feira (27), a agência de saúde pública da União Europeia afirmou que a administração de doses de reforço da vacina contra Covid-19 pode reduzir futuras internações pela doença na Europa em pelo menos meio milhão.
“A atual adoção de uma dose de reforço alcançada no início de janeiro pode reduzir as futuras hospitalizações pela Ômicron em entre 500.000 e 800.000” na Europa, informou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).
Os números divulgados levam em conta os 27 países da União Europeia mais Islândia, Noruega e Liechtenstein. Até o momento, cerca de 70% da população da UE foi totalmente vacinada contra Covid-19, enquanto metade recebeu a dose de reforço. A população do bloco é composta por aproximadamente 450 milhões de pessoas.
“A ampliação do programa de reforço a todos os indivíduos anteriormente vacinados poderia reduzir as admissões em mais entre 300.000 e 500.000”, disse o ECDC.
Dose de reforço ainda não é aplicada em todos os adultos na Europa
No momento, a dose de reforço ainda não está disponível para maiores de 18 anos em todos os países da Europa. Em Portugal, por exemplo, a aplicação está ocorrendo por faixa etária e o agendamento para maiores de 25 anos foi aberto ontem.
Já na Espanha a dose de reforço está disponível para maiores de 18 anos e o país, inclusive, exigirá a dose extra para turistas a partir de fevereiro. Dessa forma, para entrar no país, os vacinados há mais de 270 dias, devem também apresentar o comprovante da dose de reforço.
A recente onda de novos casos de Covid-19 provocada pela variante Ômicron na Europa chegou a registrar taxas de infecção três vezes mais altas que no pico anterior da pandemia. Apesar disso, a comissária de Saúde da União Europeia, Stella Kyriakides, avalia que o pico da Ômicron já foi atingido em alguns países do bloco.
“Enquanto em alguns Estados-membros, o pico da infecção parece ter sido atingido recentemente, a pandemia ainda não terminou”, acrescentou a comissária de Saúde da UE, Stella Kyriakides.