Aneel informa que rombo da bandeira tarifária atinge R$ 9,87 bilhões em setembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou que o déficit de arrecadação da bandeira tarifária atingiu a marca de R$ 9,87 bilhões em setembro. Isso quer dizer que a “bandeira tarifária escassez hídrica“, em vigor no país desde 1º de setembro, ainda não se mostra suficiente para cobrir os custos com a produção de energia adicional.

Em resumo, o Brasil enfrenta em 2021 a maior crise hídrica na região das hidrelétricas dos últimos 91 anos. Por isso, a Aneel promoveu uma verdadeira escalada das bandeiras tarifárias no ano, passando pela amarela e pela vermelha patamar 2. À época, essa era a cobrança extra mais cara paga pelos consumidores.

No entanto, o governo federal anunciou a nova bandeira escassez hídrica, que aumentava em R$ 14,20 o valor das contas a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. A medida não conseguiu reverter o déficit que vinha ocorrendo nos meses anteriores, segundo a Aneel.

Na verdade, a nova bandeira tarifária gerou uma receita de R$ 2,81 bilhões em setembro. Embora o valor seja expressivo, não conseguiu cobrir os custos da produção adicional de energia elétrica. A saber, o governo vem acionando as termelétricas nos últimos meses para gerar a energia que as hidrelétricas não estão conseguindo, mas elas são bem mais caras.

Em suma, a situação dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis pela geração de 70% da energia do país, continua crítica. A capacidade de armazenamento dos reservatórios estava em 18,66% no último domingo (7). Contudo, as projeções para a chuva nos próximos dias são mais otimistas.

Déficit da bandeira tarifária chega a R$ 9,87 bilhões no ano

De acordo com a Aneel, o rombo acumulado na arrecadação da bandeira tarifária ficou em R$ 9,87 bilhões entre janeiro e setembro. Aliás, o déficit apenas em setembro foi de R$ 1,813 bilhão. Vale destacar que, além do aumento dos gastos com a produção adicional, o governo vem gastando bem mais com a importação de energia da Argentina e do Uruguai.

Quando a bandeira escassez hídrica foi anunciada no final de agosto, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que a arrecadação com a bandeira conseguiria zerar o déficit até abril de 2022. Entretanto, as expectativas se mostram menos otimistas atualmente.

Leia Mais: ONS suspende programa de incentivo à redução do consumo de energia

Ruan Samarone

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