Alterações no Bolsa Família NESTE MÊS de setembro: Saiba quem será impactado!

O programa social Bolsa Família, em seu formato atual, foi relançado em março de 2023 e desde então tem sido alvo de constantes inovações e mudanças, com o objetivo de aprimorar a distribuição de transferência de renda para aqueles que realmente necessitam.

Um aspecto de destaque do processo de revisão, que na verdade ocorre no Cadastro Único, é o foco nas famílias unipessoais, ou seja, aquelas compostas por apenas uma pessoa. Não é inadequado que pessoas que vivem sozinhas busquem assistência do Bolsa Família, como é o caso de idosos ou pessoas em situação de rua, por exemplo.

No entanto, chamou a atenção tanto do Tribunal de Contas da União (TCU) quanto do governo atual o fato de que, no último ano, pelo menos 22% dos beneficiários do Auxílio Brasil eram famílias compostas por uma única pessoa. Surgiu, então, a suspeita de que essas famílias pudessem estar fornecendo informações falsas em seus cadastros para acumular benefícios.

Além disso, aqueles que não atenderem a outros requisitos essenciais para acessar o programa também estão sob escrutínio. Pelo menos até dezembro deste ano, verificações nos cadastros devem ocorrer, podendo resultar no bloqueio ou corte de benefícios sociais.

Quem está sujeito a ser excluído do Bolsa Família nesse processo de revisão?

  1. Aqueles cuja renda mensal familiar tenha aumentado em mais de meio salário mínimo. Para quem ultrapassar a renda de R$ 218 por pessoa, pode receber até 50% do valor do benefício, desde que respeite o limite de meio salário mínimo.
  2. Aqueles que não cumpram o requisito mínimo de frequência escolar para crianças e adolescentes.
  3. Aqueles com dados desatualizados no Cadastro Único há mais de dois anos.
  4. Aqueles com caderneta de vacinação desatualizada.
  5. Gestantes que não estejam realizando acompanhamento pré-natal.
  6. Mulheres com idade até 44 anos, crianças e adolescentes que não estejam cumprindo o acompanhamento nutricional.

Foram também anunciadas novas regras para a inclusão de famílias unipessoais no Bolsa Família:

  • O limite de famílias unipessoais contempladas pelo programa deve ser de 16% por município.
  • Caso um município tenha uma taxa igual ou superior a 16% de famílias unipessoais no Bolsa Família, ele fica impedido de incluir novos beneficiários unipessoais na folha de pagamento.
  • No entanto, existem exceções para famílias com membros em situação de trabalho infantil, libertos de situação análoga à de trabalho escravo, quilombolas, indígenas e famílias com membros que se dedicam à coleta de material reciclável.

Qual é o montante destinado aos beneficiários do Bolsa Família?

As famílias que fazem parte do programa e têm até dez membros têm a oportunidade de receber o recorde de R$ 1,4 mil, graças à nova fórmula implementada pelo Governo Federal, que assegura uma transferência mínima para cada membro.

Seguindo as regras do Bolsa Família, cada integrante da família tem direito a um benefício de R$ 142. No caso de famílias pequenas que não alcancem sequer os R$ 600 como parcela fixa, o Governo Federal providencia um complemento.

Por outro lado, famílias numerosas, como aquelas compostas por até dez pessoas, passam a receber um total de R$ 1.420, de acordo com a nova fórmula de cálculo do Bolsa Família. Essa quantia representa um suporte financeiro significativo para garantir o sustento e o bem-estar de todos os membros.

Para esclarecer os detalhes:

  • Cada membro da família tem direito a R$ 142, aplicável a todos os beneficiários;
  • Isso significa que cada família deve receber pelo menos R$ 600 por mês;
  • Além disso, há um acréscimo de R$ 150 para cada criança com até 6 anos;
  • E um adicional de R$ 50 para crianças com mais de 7 anos, jovens com menos de 18, gestantes e mulheres que estejam amamentando.

É importante destacar que esses valores são acumulativos e o governo deve reajustá-los, no máximo, a cada dois anos. Os pagamentos do novo Bolsa Família tiveram início em março, com um valor médio de R$ 670.

Adicionalmente, o texto menciona o “benefício extraordinário de transição” destinado às famílias que anteriormente recebiam o Auxílio Brasil, o programa de transferência de renda do governo de Jair Bolsonaro.

Caroline Falcão

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