Aliados de Bolsonaro desconfiam que o governador do Rio seja um ‘traidor’

Informações divulgadas pelo jornalista da “Globo News”, Otavio Guedes, revelam que o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), foi “eleito” como o mais novo acusado de ser traidor do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o jornalista, na semana passada, a mando do pai, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) mandou um recado ao governador, dizendo que dele deveria ficar alerto e parar de “costear o alambrado”.

Segundo as informações, essa é uma expressão que era usada por Leonel Brizola para definir aliados que estariam flertando com adversários políticos. Hoje, afirmou Otávio Guedes, são três os motivos que deixam aliados de Bolsonaro desconfiados quando o assunto é Cláudio Castro.

O Primeiro é a proximidade dele com Andre Ceciliano (PT), que é presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Conforme explica Otavio Guedes, Ceciliano, que deve ser candidato ao Senado, sonha hoje com o que parece ser impossível: ter o consenso de todos os campos políticos cariocas, o que inclui a lealdade Cláudio Castro. Recentemente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que Ceciliano deveria escolher um lado e não sonhar com uma frente ampla.

O segundo tema que tem deixado os bolsonaristas alertos é que, mesmo com a advertência de Flávio Bolsonaro, Claudio Castro participou de um evento no partido Avante, ao lado de um pré-candidato à presidência, André Janones. O fato incomoda a alta cúpula de Bolsonaro porque André Janones, que é um importante influenciador digital, tem atacado nominalmente o governo Bolsonaro.

Por fim, o terceiro item, de acordo com o jornalista da “Globo News”, é uma espécie de “paranoia”. Isso porque aliados de Bolsonaro não gostam do fato de o principal conselheiro de Cláudio Castro, o Secretário de Estado, Rodrigo Abel, ser historicamente ligado ao PT. Em 2003, inclusive, ele exerceu o cargo de Assessor Especial da Presidência do governo Lula.

Em nota, o governador Claudio Castro disse que essas suspeitas não passam de “intrigas políticas”. “Infelizmente, intrigas fazem parte da política, sempre existiram e sempre existirão! Sou do mesmo partido do presidente, inclusive estive pessoalmente no lançamento da pré-campanha dele no último domingo, e para aqueles que gostam de fazer intrigas, a minha resposta será nas urnas dando a vitória ao presidente no Rio de Janeiro”, afirmou.

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