Aliados apontam Rodrigo Pacheco como opção ao STF

Aliados apontam ao Palácio do Planalto o nome de Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, como uma das opções para ocupar uma das duas vagas que serão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) neste ano – como idade limite para se estar na Corte é 75 anos, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber se despedirão do STF nos próximos meses.

Ricardo Lewandowski completa a idade em maio, enquanto Rosa Weber, presidente da Corte, completa 75 anos em outubro. De acordo com informações reveladas pelo canal “CNN Brasil” nesta terça-feira (21), além do presidente do Senado, que é advogado, outros nomes citados são:

• Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU);
• O advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, aliado de Ricardo Lewandowski;
• Os ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luiz Felipe Salomão e Benedito Gonçalves;
• E o advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin.

Advogado de Lula no STF

Conforme as informações, o advogado de Lula é um dos nomes mais cotados. O defensor atuou na defesa do petista em inúmeros processos, como durante a operação Lava Jato, da polícia Federal. De acordo com Samantha Meyer, que é professora de Direito Constitucional, “o que macula a indicação do advogado é que Lula, em inúmeras vezes, se refere ao defensor como um grande amigo, um amigo pessoal”.

De acordo ela, todavia, a escolha pode ser atrapalhada pelo fato de que o advogado pode se “julgar suspeito nos casos do presidente que ainda tramitam no STF, uma vez que foi o advogado de Lula em inúmeros processos judiciais”.

Mesmo que a escolha possa ser estranha, importante lembrar que o advogado cumpre os critérios estabelecidos para ser ministro do STF, como ter um notório saber jurídico, reputação ilibada, ter entre 35 e 75 anos. Nesse sentido, faltará apenas, após a indicação, a aprovação no Senado com maioria absoluta.

Nesta terça, assim como publicou o Brasil123, Lula disse que realizará a indicação ao STF e à Procuradoria-Geral da República (PGR) separadamente. Segundo o presidente, ele não possui “compromisso oficial com ninguém”.

“Não sei quem eu vou indicar. Eu não tenho compromisso oficial com ninguém. É um problema meu. No dia que eu tiver que escolher, eu vou sentar sozinho e tomar a minha decisão e vou mandar o nome ao Senado”, disse Lula, que foi questionado sobre uma possível indicação de Cristiano Zanin e disse: “Não tenho compromisso com amigo meu, com gente do meu partido, com advogado. Vou indicar uma pessoa que pode ser útil para o Brasil”.

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