Agroindústria da região Sul sofre com a falta de contêineres

A pandemia da Covid-19 afundou a atividade econômica mundial. A crise sanitária continua longe de acabar, mas os países seguem se organizando e ensaiando uma recuperação. E uma das maneiras que pode impulsionar isso é o comércio entre os países. No entanto, diversos problemas impedem isso, principalmente o transporte de mercadorias através de contêineres.

Na região Sul do Brasil, a agroindústria está enfrentando há meses a falta de contêineres para transportar carnes. A saber, diversas mercadorias estão ficando paradas pelo dobro do tempo que costumavam ficar antes da pandemia. O resultado disso é o cancelamento das vendas destes produtos.

Em resumo, a pandemia fez o setor reduzir drasticamente a produção de contêineres, uma vez que a demanda também afundou. Agora, com a retomada econômica cada vez mais fortalecida, a capacidade de atender todos os pedidos está muito enfraquecida. E o resultado é a escassez de contêineres em todo o planeta.

No Sul, as carnes suína e de frango estão sofrendo mais com o problema. Quando saem da fábrica, as carnes costumam demorar uma semana para seguir viagem para outros países. Contudo, a falta de contêineres está dobrando esse tempo.

Inclusive, 40% das carnes suínas e de frangos ficaram estocadas no Brasil devido à falta de transporte marítimo. Embora a situação esteja complicada, o percentual vem diminuindo com o tempo. E isso só acontece devido ao embarque de cargas soltas nos porões dos navios.

Brasil sofre mais com a falta de contêineres

Vale destacar que o Brasil enfrenta outros problemas que pioram o cenário. Como os portos dos Estados Unidos, Ásia e Europa são mais rentáveis que os de outros países, como o Brasil, os navios acabam seguindo para longe daqui.

E não são apenas os portos menores que estão sofrendo. Em suma, os grandes portos exportadores continuam enfrentando imposições de quarentena a navios para evitar a transmissão da Covid-19. Essa espera reduz os rendimentos, porque, enquanto muitos navios cumprem a quarentena, outros tantos aguardam sua vez para atracar nos portos.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em julho mostrou que o preço do transporte nos portos chegou a subir até 5 vezes no período, dependendo da rota. Por contêiner, o valor disparou de US$ 2 mil para US$ 10 mil. Isso mostra que o problema não é de hoje, mas também não há expectativas de resolução no curto prazo.

Leia Mais: Ibovespa dispara 1,98% nesta segunda-feira (1º)

Ruan Samarone

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