A Justiça de Teresina condenou, a 11 anos de prisão, o advogado Jefferson Moura Costa, de 45 anos, acusado de ter estuprado uma faxineira, de 29 anos, no apartamento dele, na Zona Leste do estado.
De acordo com as informações, o crime aconteceu em julho deste ano e a condenação, revelada na segunda-feira (06), foi proferida na semana passada pelo juiz João Antônio Bittencourt Braga Neto, da 3ª Vara Criminal.
Como a condenação foi em primeira instância, o advogado, que está preso deste o dia do crime, poderá recorrer, mas não em liberdade, por conta de uma determinação nesse sentido do magistrado.
Por fim, o órgão revelou que, por se tratar de um crime de violência sexual, o caso corre em segredo de justiça para proteger a identidade da vítima. Sendo assim, não serão divulgadas mais informações do processo.
O crime do advogado
Segundo as investigações, o crime aconteceu depois de o advogado ter ido à casa de sua sogra com o intuito de conseguir uma diarista para o seu apartamento. De acordo com a vítima, como ela estava precisando de dinheiro para comprar um medicamento, aceitou o trabalho.
Chegando na casa, a vítima relatou ter encontrado, logo no primeiro quarto, inúmeras camisinhas. “No segundo quarto, tinha o dobro de camisinhas e lubrificantes. Nesse momento eu sabia que seria estuprada. Pensei em pular pela janela, mas era muito alto”, relatou.
Ao retornar para a sala, a diarista disse que encontrou o advogado com um livro e fazendo gestos sexuais. Neste momento, contou a diarista, ela correu, mas acabou sendo imobilizada pelo acusado.
“Ele me agarrou, tirou minha roupa e dizia que iria tirar um espírito de dentro de mim. Falava que nenhuma mulher prestava e se quisesse me matar dava um tiro na minha cara. Eu gritava pedindo socorro, mas ninguém me escutava. Eu pedia, ‘meu Deus me ajude'”, contou a mulher.
Depois disso, a mulher ainda foi ameaçada pelo advogado e teve que ajoelhar prometendo que não o denunciaria. Todavia, em um momento de descuido do acusado, a vítima escalou a varanda e a grade do ar condicionado do vizinho, até pular para o térreo do condomínio.
Ao chegar na portaria, ela denunciou o caso ao porteiro, que não acreditou na versão da moça, diferentemente do morador de um prédio vizinho, que viu o desespero da moça e a ajudou na denúncia. A vítima passou por testes no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Samvvis) que confirmaram o estupro.
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