Açúcar, verduras, carnes, aves e ovos têm maiores avanços no primeiro semestre

Os consumidores brasileiros pagaram mais caro para adquirirem diversos produtos no primeiro semestre de 2021. E os itens do campo que tiveram os maiores reajustes no período foram: açúcar, verduras, carnes, aves e ovos. Pelo menos é o que indicam os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em resumo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,53% em junho, acumulando alta de 3,77% nos seis primeiros meses do ano. Já a taxa registrada nos últimos12 meses é ainda mais expressiva, chegando a 8,35%.

No entanto, nenhuma destas taxas chega perto do aumento do preços do açúcar refinado (+16,14%), açúcar cristal (+14,25%) e açúcar demerara (+13,21%). A propósito, estes foram os itens que registraram os maiores aumentos em seus valores no período.

De acordo com os dados do IBGE, açúcares e derivados encerraram o semestre 7% mais caros, em geral. Esse aumento ocorreu devido à queda da safra neste ano, provocada pela seca prolongada no Centro-Sul do país, o que limita a disponibilidade do produto.

Além disso, os preços do alimento também estão mais elevados no mercado externo. Por isso, as usinas de cana-de-açúcar vêm priorizando a exportação, uma vez que o dólar mais alto gera retornos maiores. Ao mesmo tempo, boa parte da cana-de-açúcar está sendo direcionada à produção de etanol, porque os preços do combustível dispararam nos últimos meses.

Veja outros produtos que também tiveram forte alta no semestre

As verduras também tiveram forte variação no semestre (+8,79%). Em suma, os maiores destaques ficaram com o alface (+10,53%), couve (+9,84%), repolho (+9,26%) e couve-flor (+7,46%). Em geral, a produção destas hortaliças acabou prejudicada pelo frio em algumas regiões do país. Aliás, o frio também fez o consumo das verduras cair, e isso limita os aumentos nos preços pagos ao produtor.

Na sequência, ficaram as carnes (+7,25%), com destaque para a bovina, cujo preço disparou desde o ano passado. Até junho, a carne bovina acumulava alta expressiva de 38% em 12 meses. As partes que mais subiram no semestre foram: músculo (+13,12%), cupim (+11,97%), patinho (+11,93%) e filé-mignon (+11,44%).

Alguns dos fatores que vêm elevando os preços da carne bovina são: menos animais para o abate, seca em regiões de criação dos animais, aumento dos custos de produção e elevação do dólar.

Por fim, frangos (+ 7,48%) e ovos (+7,00%) também ficaram mais caros no período. A saber, o setor está passando por uma fase de aumento de custos de produção. Como sempre acontece, as elevações tendem a ser repassadas para a população. Nesse caso, o aumento dos preços do milho e da soja figuram como os principais destaques.

Leia Mais: Safra de grãos em 2021 deve superar em 1,7% nível do ano passado

Ruan Samarone

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