Pessoas que tentarem acessar o Facebook e o Twitter na Rússia não mais conseguirão. Isso porque o regulador de comunicações do país anunciou, neste sábado (05), que as duas plataformas foram bloqueadas no país. Hoje, ambas as redes sociais estão em conflitos com as autoridades russas por conta da guerra na Ucrânia.
Pelo lado do Facebook, o órgão regulador afirma que sanções da Meta, dona da rede social, restringiram o acesso à mídia russa em sua plataforma. Ainda segundo o órgão da Rússia, desde o final de 2020, existiram 26 casos em que o Facebook “discriminou” a mídia russa.
Entre os veículos punidos pela plataforma neste tempo está o canal de notícias Russia Today (RT) e a agência de notícias RIA. “O Facebook discrimina os canais de origem russa e essa decisão viola os princípios de liberdade da informação e o acesso livre dos usuários de internet russos à mídia de seu país”, informou a pasta.
Já no caso do Twitter, o governo da Rússia atribui o bloqueio ao fato de a rede estar sendo usada para viralizar imagens e relatos do conflito na Ucrânia. Além disso, autoridades da Ucrânia tem usado a plataforma para divulgar informações sobre a guerra e também para fazer apelos para a opinião pública do ocidente.
Nos últimos dias, o conflito na Ucrânia tem mostrado uma mudança nos padrões de uma guerra se comparadas com as do passado. Isso porque, se antigamente o foco era derrotar o “inimigo” e conquistar seu espaço territorial de forma presencial, hoje, também existe a disputa pelos espaços virtuais das nações em disputa.
Prova disso é que, durante a semana, o ministro da Transformação Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, convocou profissionais da tecnologia da informação com um foco: derrubar sites do governo russo e diminuir assim o poder de atuação das forças da Rússia. Neste sábado, por exemplo, o grupo de hackers Anonymous anunciou ter derrubado o site da área de inteligência da Rússia.
Bye https://t.co/uLDYvlVLGT#OpRussia #Anonymous pic.twitter.com/05s4p0a7n3
— Anonymous (@YourAnonNews) March 5, 2022
Na semana, o integrante do governo ucraniano também usou seu perfil no Twitter para pedir ajuda ao magnata Elon Musk. O intuito: manter a internet funcionando no país. O pedido foi aceito e o bilionário mandou satélites capazes de manter a rede, que estava sendo atacada pelos russos, em pleno funcionamento.
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