O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em pronunciamento hoje (29) sobre a variante Ômicron do coronavírus, manifestou preocupação com a nova cepa e pediu para a população do país tomar a vacina contra Covid-19, que na avaliação dele é a melhor proteção “contra qualquer variante”.
Embora tenha iniciado a vacinação em dezembro de 2020, os Estados Unidos têm uma taxa de vacinação baixa em comparação aos demais países desenvolvidos. O índice, no momento, é de 57,88% da população com a imunização completa, o que fez com que o país mantivesse um patamar elevado de casos e mortes por Covid-19 durante este ano.
“Eu sei que vocês estão cansados de ouvir, mas a melhor proteção contra essa variante ou qualquer outra variante é tomar a vacina e a dose de reforço”, apelou o presidente americano. “Temos vacinas, vacinas para crianças de 5 a 11 anos e vacinas para doses de reforço”, lembrando da disponibilidade do imunizante para crianças e para todos que tomaram a segunda dose há mais de 6 meses.
Apesar da necessidade de mais estudos sobre a variante Ômicron, Biden afirmou que especialistas do governo dos Estados Unidos acreditam que as atuais vacinas continuarão a proteger contra formas mais graves da doença.
O presidente ressaltou que, caso as atuais vacinas não sejam eficazes contra a nova cepa, laboratórios farmacêuticos e agências do governo já estão prontos para desenvolver um imunizante que proteja da variante Ômicron.
OMS quer acelerar vacinação para frear variante Ômicron
Assim como o presidente dos EUA, a Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou preocupação com a nova variante, afirmando que ela representa um “risco alto”. De acordo com a entidade, a principal ferramenta contra a Ômicron é a vacina contra Covid-19.
Segundo a OMS, enquanto houver desigualdade na distribuição de vacinas, o coronavírus seguirá em circulação, possibilitando o surgimento de novas variantes.
“Compreendemos que cada governo tem a responsabilidade de proteger o seu povo, isso é natural, mas a igualdade na distribuição de vacinas não é uma caridade, é do interesse de todos os países porque nenhum país pode sair desta pandemia sozinho”, argumentou Tedros Adhanom, diretor da OMS.
“Enquanto a desigualdade nas vacinas continuar, o vírus terá oportunidades de se propagar e evoluir de formas que não podemos prever ou prevenir”, finalizou.