A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou os dados da variação dos custos da cesta básica em relação a julho deste ano. Segundo a associação, os 12 alimentos que compõem a cesta básica agora custam, juntos, R$326,96, contra os R$362,84 de julho.
Nesse sentido, a variação de julho para setembro foi de 9,9%. Já em relação a agosto, quando o custo era de R$345,24, a variação da cesta básica em relação ao custo de setembro foi de 5,3%.
Desde julho, as maiores quedas de valores dos itens da cesta básica ficaram com o leite longa vida (-15,49%), óleo de soja (-11,83%) e o feijão (-10,17%). Logo em seguida, sofreram quedas o açúcar (-2,17%), a carne (-1,49%), o café (-1,26%) e o arroz (-1,06%).
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, a queda no preço do leite está associada ao período de safra do produto. Por outro lado, o óleo de soja está voltando ao seu preço normal, a alta do produto estava relacionada à guerra na Ucrânia, bem como pelas demandas de exportação.
Nesse sentido, o mesmo estava acontecendo com o feijão, o item da cesta básica registrou aumento após passar por um período de baixa oferta devido à redução de sua produção. Abaixo, seguem os itens que compõem a cesta básica da Associação Brasileira de Supermercados:
- Açúcar;
- Arroz;
- Café moído;
- Carne
- Farinha de mandioca;
- Farinha de Trigo;
- Feijão;
- Leite longa vida;
- Margarina;
- Massa/macarrão;
- Óleo de soja;
- Queijo.
Além da cesta básica, Abras aponta aumento no consumo
A Associação Brasileira de Supermercados também apontou que houve um aumento de 2,67% no consumo das famílias brasileiras no acumulado deste ano, entre janeiro e agosto. Segundo a associação, é a 3ª alta consecutiva, após uma queda ter acontecido em maio, quando o percentual atingiu os 2,02%.
Ainda, de acordo com a Abras, a alta no consumo pode ser explicada pela redução do desemprego, que foi reduzido ao patamar de 8,9% em agosto, bem como o pagamento dos benefícios sociais por parte do governo federal, como o Auxílio Brasil, Auxílio Caminhoneiro e Auxílio Taxista.
Além disso, a Abras também apontou que o consumo em agosto foi 7,23% maior que o mesmo mês do ano passado. “O aumento foi motivado pelas datas comemorativas, como Dia dos Pais e Dia das Crianças, e pelos auxílios dados pelo governo federal a uma parte da população”, disse Marcos Milan, vice-presidente institucional da Abras.
Também foi mencionada a deflação pelo 3º mês consecutivo como fator impulsionador do aumento no consumo. Sendo assim, o setor de supermercados apontou que as chances de crescimento previstas para este ano aumentaram. Antes era de 2,85%, agora, a Abras revisou esta expectativa para entre 3% e 3,3%.
O vice-presidente institucional da Associação Brasileira de Supermercados, Marcos Milan, também citou a desoneração dos preços da energia e combustíveis como fatores para aumento do consumo. “A gente vem observando a empregabilidade: o emprego vem crescendo e o desemprego vem caindo”, afirmou Milan. Até o mês de agosto, o setor já apresentava crescimento de 2,67% frente ao ano de 2021.
Nesse sentido, os dados apresentados pela Abras refletem as melhoras econômicas que o Brasil tem apresentado nos últimos meses, aumentando, assim, o consumo das famílias brasileiras.